Com a crescente importância dos dados para o desenvolvimento de estratégias de gestão de talentos, as empresas precisam garantir que suas práticas de coleta e análise de dados estejam em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Neste post, explicaremos como equilibrar a utilização de People Analytics com a conformidade com a LGPD, discutindo as melhores práticas para proteger a privacidade dos funcionários e candidatos e garantindo que a análise de dados seja realizada de forma ética e em conformidade com as diretrizes legais.
O que são dados pessoais sensíveis pela LGPD
A LGPD, que entrou em vigor no Brasil em setembro de 2020, estabelece regras rigorosas sobre a coleta, uso e armazenamento de dados pessoais. De acordo com a legislação, dados pessoais sensíveis são informações que, se divulgadas, podem causar discriminação, estigmatização ou outros danos ao indivíduo. Exemplos incluem dados relacionados à origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políticas, saúde ou vida sexual.
Para que os dados sejam classificados como sensíveis, é necessário que eles revelem aspectos íntimos da vida pessoal do indivíduo, tornando-os mais suscetíveis a abusos e violações de privacidade. A LGPD exige que as empresas tratem esses dados com um nível mais alto de proteção, aplicando medidas rigorosas para garantir sua segurança da informação.
Como a LGPD impacta o dia a dia do RH?
O departamento de Recursos Humanos (RH) desempenha um papel fundamental na coleta e gestão de dados de funcionários e candidatos, e a implementação da LGPD trouxe uma série de mudanças significativas para essas operações. Ela impõe novas responsabilidades e desafios, exigindo adaptações nos processos e práticas de gerenciamento de dados.
Uma das principais formas como a LGPD impacta o RH é por meio das obrigações legais que a lei demanda. As empresas agora precisam obter consentimento explícito para a coleta de dados pessoais, ou seja, antes de qualquer dado ser coletado, é necessário que o titular dos dados forneça sua autorização clara e informada.
Além disso, os profissionais de RH devem informar os titulares sobre a finalidade do uso dos dados, detalhando como essas informações serão utilizadas e garantindo que o armazenamento seja realizado de forma segura. A LGPD também exige que os dados sejam mantidos apenas pelo tempo necessário para cumprir a finalidade para a qual foram coletados, obrigando as empresas a revisar e justificar a retenção de informações.
Outro aspecto crucial é a transparência e o consentimento. A LGPD demanda que as empresas sejam transparentes em relação à coleta e uso dos dados e, para os profissionais de RH, isso implica em garantir que os funcionários e candidatos compreendam plenamente como seus dados serão utilizados.
É necessário fornecer informações claras sobre a finalidade da coleta, os tipos de dados coletados e as medidas que serão tomadas para proteger essas informações. Esse nível de transparência ajuda a construir confiança e assegura que os titulares dos dados tenham controle sobre suas informações pessoais.
A segurança da informação é uma preocupação central com a LGPD, já que as empresas devem adotar medidas técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais contra acessos não autorizados, vazamentos e outras formas de violação. Isso inclui a implementação de políticas de segurança robustas, a realização de treinamentos regulares para os funcionários e o uso de tecnologias de proteção de dados, como criptografia e sistemas de controle de acesso.
A responsabilidade de manter a segurança da informação recai diretamente sobre o departamento de RH, que deve assegurar que todas as práticas e sistemas estejam alinhados com os requisitos da LGPD.
Coleta e interpretação ética de dados
Para garantir a conformidade com a LGPD e proteger a privacidade, é essencial que a coleta e análise de dados sejam feitas de forma ética. Aqui estão algumas boas práticas para garantir a conformidade:
1. Boas práticas para coleta de dados:
- Definição clara de propósitos: antes de iniciar a coleta de dados, defina claramente os objetivos e a finalidade para a qual os dados serão usados. Isso ajuda a garantir que a coleta seja relevante e limitada ao necessário;
- Consentimento informado: obtenha o consentimento explícito dos indivíduos antes de coletar seus dados. Certifique-se de que eles entendam como seus dados serão usados e que podem retirar o consentimento a qualquer momento;
- Minimização de dados: colete apenas os dados necessários para atingir os objetivos definidos. Evite coletar informações excessivas ou desnecessárias que aumentem o risco de violação de privacidade.
2. Garantir a privacidade e proteção dos dados:
- Armazenamento seguro: utilize sistemas seguros para armazenar dados pessoais e implemente medidas de criptografia para proteger as informações sensíveis;
- Acesso controlado: restrinja o acesso aos dados apenas às pessoas que realmente precisam deles para suas funções. Isso ajuda a minimizar o risco de acesso não autorizado e vazamentos;
- Treinamento de funcionários: promova treinamentos regulares sobre proteção de dados e boas práticas de segurança para todos os funcionários envolvidos na gestão de dados.
3. Consentimento e transparência:
- Informação clara: forneça informações claras e detalhadas sobre como os dados serão utilizados, incluindo quaisquer terceiros com quem os dados possam ser compartilhados;
- Direito de acesso e retificação: permita que os indivíduos acessem e atualizem suas informações pessoais conforme necessário. Eles devem ter a opção de corrigir ou excluir dados imprecisos e desatualizados.
Soluções tecnológicas
A tecnologia pode desempenhar um papel importante na conformidade com a LGPD e na gestão ética dos dados. A Galena, por exemplo, é uma plataforma de desenvolvimento profissional que utiliza inteligência artificial para recomendar os próximos passos de carreira com base nos dados dos colaboradores.
Nossa plataforma oferece uma solução que respeita a privacidade dos usuários, utilizando dados de forma ética para fornecer recomendações personalizadas que visam o desenvolvimento profissional.
A integração de soluções como a Galena pode ajudar as empresas a aproveitar o potencial dos dados de forma ética e legal, garantindo que os insights gerados sejam utilizados para promover o crescimento e a eficiência dos colaboradores, sem comprometer sua privacidade.
Avalie e atualize suas práticas agora!
A conformidade com a LGPD e a adoção de práticas éticas na coleta e interpretação de dados são essenciais para proteger a privacidade dos funcionários e candidatos. Implementar boas práticas de coleta, garantir a transparência e proteger os dados são passos fundamentais para manter a confiança e a integridade no processo de gestão de dados.
Avalie suas práticas de gestão de dados e integre soluções tecnológicas que respeitem a LGPD e promovam o desenvolvimento ético dos colaboradores!