No mundo corporativo atual, o desenvolvimento profissional é essencial para manter os colaboradores engajados, produtivos e alinhados com as estratégias organizacionais. Nesse contexto, os planos de desenvolvimento (também conhecidos como PDI) desempenham um papel fundamental, oferecendo direcionamento e suporte para o crescimento contínuo dos talentos dentro da empresa.
No entanto, ao elaborar esses planos, é importante considerar os diferentes modelos de carreira disponíveis, cada um com suas características e benefícios únicos.
Dois dos modelos mais discutidos atualmente são a carreira em T e a carreira em Y. Continue lendo para entender melhor cada um desses conceitos!
O que é carreira em T?
Uma carreira em T é um conceito usado para definir profissionais multidisciplinares, que são especialistas técnicos em algo específico, mas têm conexões e habilidades generalistas, conversando com outras áreas.
O termo vem do inglês – t-shaped professional – e é utilizado para se referir a um conjunto de habilidades que privilegia tanto os conhecimentos generalistas quanto específicos.
O modelo de carreira em T enfatiza a combinação de uma expertise profunda em uma área específica (representada pelo eixo vertical da letra T) com habilidades transversais e versáteis (representadas pelo eixo horizontal).
Nessa abordagem, os colaboradores são incentivados a se tornarem especialistas em suas áreas de atuação, ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades complementares, como comunicação eficaz, resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe.
Esse modelo é particularmente benéfico para empresas que valorizam a expertise técnica específica, mas também reconhecem a importância de competências multidisciplinares para o sucesso profissional. Por exemplo, um engenheiro de software pode se aprofundar em linguagens de programação e tecnologias específicas (eixo vertical), enquanto também desenvolve habilidades de liderança, gestão de projetos e comunicação (eixo horizontal).
O que é carreira em Y?
Por outro lado, o modelo de carreira em Y apresenta uma abordagem mais flexível e diversificada para o desenvolvimento profissional. Normalmente, esse modelo permite ao colaborador ser promovido para um cargo de especialista ou de gerência.
Nesse modelo, os colaboradores têm a oportunidade de explorar diferentes áreas de interesse e se movimentar lateralmente dentro da organização, adquirindo novas habilidades e experiências.
A representação em forma de “Y” ilustra os múltiplos caminhos disponíveis, permitindo que os profissionais transitem entre diferentes funções, departamentos ou até mesmo setores da empresa.
Essa abordagem é particularmente benéfica para organizações que valorizam a versatilidade, a inovação e a capacidade de adaptação de seus colaboradores.
Benefícios e desafios de cada modelo
Tanto o modelo de carreira em T, quanto em Y, apresentam benefícios e desafios distintos que devem ser cuidadosamente considerados pelas empresas ao elaborar seus planos de desenvolvimento.
O modelo de carreira em T promove a especialização e a expertise profunda, o que pode ser valioso em áreas altamente técnicas ou que exigem conhecimentos específicos. No entanto, pode limitar a versatilidade e a capacidade de transitar entre diferentes funções ou setores.
Já o modelo de carreira em Y incentiva a flexibilidade e a exploração de múltiplas áreas de interesse, o que pode estimular a inovação e a adaptação aos desafios emergentes. No entanto, pode dificultar o desenvolvimento de uma expertise profunda em uma área específica.
Escolhendo o caminho certo
Ao elaborar um plano de desenvolvimento para seus colaboradores, é crucial considerar os objetivos estratégicos da organização, as necessidades individuais dos profissionais e as tendências do mercado de trabalho.
Um plano bem estruturado pode combinar elementos dos dois modelos, oferecendo oportunidades de especialização e versatilidade.
Por exemplo, uma empresa pode incentivar o desenvolvimento de uma carreira em T para funções altamente técnicas, enquanto adota uma abordagem em Y para áreas mais generalistas ou que exigem habilidades transversais.
Além disso, é importante envolver os colaboradores no processo de planejamento, permitindo que eles expressem suas aspirações e interesses profissionais. Essa abordagem colaborativa aumenta o engajamento e a motivação, contribuindo para o sucesso dos programas de desenvolvimento.
Independentemente do modelo escolhido, o investimento contínuo no crescimento profissional dos colaboradores é fundamental para o sucesso a longo prazo de qualquer organização.
Ao oferecer oportunidades de desenvolvimento alinhadas às necessidades e estratégias da empresa, você estará construindo uma força de trabalho engajada, capacitada e preparada para enfrentar os desafios futuros.